sábado, 7 de abril de 2012

Pessach - Choco Lotus - Renascimento

Páscoa: para muitos um feriado para poder descansar, viajar, comer bacalhau ou simplesmente não trabalhar. Para outros significa a morte e ressurreição de Jesus, com direito a jejum e missa. Como simpatizante do budismo tibetano, resolvi procurar o significado da Páscoa para os budistas e achei algumas coisas interessantes: "Para comemorar algo, não precisamos ser adeptos daquilo que comemoramos. Porque a essência de uma comemoração, de uma festa, é o sentimento de regozijo. O regozijo é a prática espiritual mais pura que existe. Ela significa ficar feliz ou se deleitar com as virtudes dos outros, com o seu bom exemplo (no caso o da vida de Jesus). Quando temos essas virtudes em nosso coração, naturalmente ficamos felizes ao reconhecê-las nos outros. É disso que o nosso mundo precisa: regozijo. O regozijo aplaca os ciúmes, diminui o orgulho, arrefece a inveja, elimina lutas e disputas... e favorece a humildade e incentiva o apreço mútuo."

O nome Páscoa surgiu a partir da palavra hebraica "Pessach" ("passagem"), que para os hebreus significava o fim da escravidão e o início da libertação do povo judeu (marcado pela travessia do Mar Vermelho, que se tinha aberto para "abrir passagem" aos filhos de Israel que Moisés ia conduzir para a Terra Prometida). Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida: a Ressurreição. A passagem de Deus entre nós e a nossa passagem para Deus. É considerada a festa das festas, a solenidade das solenidades, e não se celebra dignamente senão na alegria.

Em tempos antigos, no hemisfério norte, a celebração da páscoa era marcada com o fim do inverno e o início da primavera. Tempo em que animais e plantas aparecem novamente. Os pastores e camponeses presenteavam-se uns aos outros com ovos. Nas culturas pagãs, o ovo trazia a idéia de começo de vida. Os povos costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes boa sorte. Os chineses já costumavam distribuir ovos coloridos entre amigos, na primavera, como referência à renovação da vida. Existem muitas lendas sobre os ovos. A mais conhecida é a dos persas: eles acreditavam que a terra havia caído de um ovo gigante e, por este motivo, os ovos tornaram-se sagrados. Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. Na Armênia decoravam ovos ocos com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas. Pintar ovos com cores da primavera, para celebrar a páscoa, foi adotado pelos cristãos, nos século XVIII. A igreja doava aos fiéis os ovos bentos.

A substituição dos ovos cozidos e pintados por ovos de chocolate, pode ser justificada pela proibição do consumo de carne animal, por alguns cristãos, no período da quaresma. Os 40 dias que precedem a Semana Santa são dedicados à preparação para a celebração. Na tradição judaica, havia 40 dias de resguardo do corpo em relação aos excessos, para rememorar os 40 anos passados no deserto.