domingo, 9 de agosto de 2020

Dia dos Pais #dia146

Dia dos Pais sempre foi um dia difícil pra mim... Meu Pai fez a Passagem quando eu tinha 9 meses... Cresci com  minha mãe sendo Pai e Mãe.  Por muitos anos sofri muito nesse dia. Mas hoje vejo que era preciso viver o luto. Era preciso entender visceralmente que cada um tem seu destino aqui nessa nossa breve passagem pela Terra. Que vamos além disso e que tudo é aprendizado. Se assim foi, era exatamente isso que eu tinha que viver. E sou só Gratidão por cada segundo que vivi/vivo/viverei.

Viemos a esse mundo para cumprir uma Missão. E a cada dia nos fortalecemos nessa direção. Se assim não o fizermos, nossa estada aqui terá sido em vão. Terá sido Fake. Tá, sei que tem muita gente que não gosta que se use termos na língua inglesa...  Mas alguns idiomas representam melhor que outros algumas coisas...  Como reproduzir, por exemplo, SAUDADE, em outros idiomas? Nenhum diz exatamente o que a palavra SAUDADE representa pra mim. Talvez por ter crescido vivendo essa Saudade que tanto doeu sempre em mim do meu pai...  ele virou um mito! Aquela pessoa amorosa, carinhosa, sempre rindo, cuidando e ajudando todos...  Lembro de um colega dele que disse nunca esquecer que as visitas de Domingo aos pacientes no hospital (ele era médico-cirurgião) ele fazia comigo no colo e o Vani de mãos-dadas... Mito? Impossível? Nem importa... A imagem me alegra e sempre me serviu de modelo.  Sempre cabe mais um quando existe amor. Somos pessoas normais e ele foi um puta-Pai. Puro Amor. O que mais importa?  E sempre recorri a ele nos momentos importantes da minha vida. Ele sempre estava lá. 

A morte nunca me apavorou e sempre fez parte da minha vida. Nunca me separou de ninguém. Hoje a Saudade doída se transformou numa Saudade leve. Numa Saudade amorosa. Numa Saudade intensa. Numa Saudade presente!

Mas ele deixou vários Pais para mim ao longo da vida... 
E eu soube aproveitar e viver intensamente cada um deles. E sou só Gratidão por cada um.  Não terei como citar todos pois seria injusta e certamente deixaria alguns de fora. Mas este é o primeiro Dia dos Pais sem os 2 mais importantes: minha mãe e meu irmão. Ambos faleceram ano passado. E aonde quer que estejam quero manifestar minha eterna gratidão a vocês 3: Cylon Lothário, Vanise e Vânisson Gerstner. Vocês foram a base da minha vida. E desde pequena sempre estiveram lá para me dar a mão.

Meus "pais em exercício" foram meus avôs Lothário e Willy. E assim agradeço e honro vocês:
Meu Vô Lothário me encaminhou no caminho da dança que hoje faz parte do meu dia-a-dia (como teria sobrevivido à essas Quarentenas - sim, já estamos  na quarta! - sem a música e  a dança por janelinhas?):
Meu Vô Willy me ensinou a fazer meu primeiro imposto de renda, era um baita parceiro nas férias em Gramado ( na lida com as plantas, no chimarrão, no jogo de cartas, nos passeios pelas florestas) e me visitava onde quer que eu fosse:
E claro, os Pais adotados (tios, professores, sogros, mestres, colegas, chefes, primos, amigos...). Todos aqui representados pelos meus sogros Carlos e Lothar:
Fica assim minha homenagem a todos vocês que honraram/honram/honrarão a Missão de ser Pai. 
Missão nada fácil nesses tempos de empoderamento feminino.
A chave de uma humanidade mais afetuosa está na União Sagrada entre o Masculino e o Feminino.
Honro todos aqueles Pais que conseguiram/conseguem/conseguirão vivenciar isso.
E também os que, dentro do que puderam/podem/poderão, tentaram/tentam/tentarão o seu melhor.
Não existem Limiares de Tempo e Espaço.

E encerro homenageando o Pai dos meus filhos. 
Mauro: Nada no mundo conseguirá expressar minha Gratidão!