Dia Internacional da Mulher!

Escrevo ou não escrevo?
Confesso que morri de inveja do velho amigo José Maurício que enviou seu comentário pela RadioWeb. Engraçado como mesmo com tantas diferenças (tipo não gosto de bolsas nem sapatos - meu sonho seria viver de pé descalços...) fiquei feliz com a homenagem que ele prestou as mulheres neste Dia Internacional da Mulher. Já pela manhã meu filho escutou no rádio que era o Dia Internacional da Mulher e disse que para mim não faz nenhum sentido... Pra quê ? Soltei a língua, que venho segurando há tempos, por estar afiada demais...

Como não? Foram 30 anos trabalhando no mercado corporativo no qual as mulheres SEMPRE ganham menos que os homens. Nas reuniões de diretoria eram SEMPRE mais homens que mulheres. E a paciência dos homens com as mães? Mas claro que tudo isto é fichinha frente a outras mulheres que conheci: apanhar do marido, sustentar marido bêbado, ser estrupada, não poder jogar cartas com as amigas a tarde (depois de aposentada!), suportar amantes calada... E pessoalmente o que mais me repugna são os assobios na rua: que falta de respeito! E os olhares desrespeitosos que nos transformam literalmente em corpo/carne!

Isto tudo para ficar no Paralelo 30, Meridiano 51. Mas a língua quando solta é fogo e falei para ele das mulheres que são obrigadas a usar burkas, que são proibidas de estudar e aquelas que tem seus clitóris mutilados para que não possam sentir prazer. Eram 7horas da manhã.

Mulheres amadas: não podemos não celebrar este dia, pois celebrar é uma forma de reivindicar. Aquelas que já superaram várias barreiras tem a obrigação de ajudar as outras. Unidas somos mais fortes. Unidas entre mulheres e com os homens de sensibilidade. Juntos somos um. Digamos com firmeza NÃO aos maus tratos sofridos por tantas irmãs nossas: sejam físicos ou psicológicos. Brademos pelo fim da ditadura masculina: somos todos um!