terça-feira, 28 de julho de 2009

O inverno na Capital



FIM DA PICADA – O inverno na capital

Não adianta fazer de conta que a gente não vê, pois hoje pela manhã quase tropecei numa pessoa dormindo na rua. Na real, achei que era mais um amontoado de lixo junto aos que estavam por ali... E descobri que era uma pessoa, uma cama, um quarto, uma casa... Andei mais 30 metros e achei mais dois dormindo...

Voltei para casa, peguei a máquina e fotografei... Estou revendo as fotos até agora... Não é a África, não é uma vila, é na Tobias da Silva, logo depois do Shopping Moinhos de Vento, esquina com a Dr. Timóteo...

Minha motivação para aceitar o desafio de escrever esta coluna foi este menino que minha amiga alemã fotografou em dezembro do ano passado quando me visitava. Na Rua Ramiro Barcelos. E ela e sua família me perguntavam como conseguíamos viver assim, com a miséria ao lado... E eu não sabia responder e falei o que na verdade todos fazemos, mas não temos coragem de assumir: “a gente se acostuma”. Que na verdade significa: “a gente faz que não vê”. Lembro que quando era pequena sempre achava que uma das razões para o sul ser “mais desenvolvido” que o norte do país era o frio... Eu acreditava que era impossível se sobreviver ao inverno daqui sem ter uma cama, um quarto, uma morada. Depois fui morar no velho mundo e achava que tinha comprovado minha tese, visto que lá se tem menos miséria e mais frio. Hoje fotografei a prova contrária a esta tese. Mas na minha cabeça fica a pergunta: será que estes desabrigados todos já estavam aqui naquela época e eu não via ? Ou nossa qualidade de vida piorou ?

O Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York, ao afirmar que os moradores de rua não têm direito de ficar na rua, criou uma polêmica: isso não vai contra o direito de ir e vir ? Como defensor/criador do “Tolerância Zero” ele afirma que uma cidade precisa ser organizada e limpa, caso contrário o resultado é o crime: “Existem inúmeros abrigos em New York e se a pessoa vive na rua, algo está errado: ou é alcoólatra, ou drogada, ou tem problemas mentais. Nas ruas, pessoas frágeis tornam-se mais isoladas, amedontradas e suscetíveis. Um cidadão pode fazer o que quiser, desde que não machuque nem agrida outro cidadão. Viver na rua não só machuca a própria pessoa como agride a toda sociedade. Não é certo. CABE AOS GOVERNOS RESGATÁ-LA, TRATÁ-LA e ABRIGÁ-LA”.

E não consigo parar de pensar nisto... Onde estão nossos políticos ? Os governos são administrados pelos políticos, ou seriam os políticos administrados pelo governo ? Ou é tudo a mesma coisa ? Tive uma visão bárbara: todo dinheiro roubado pelos políticos transformado em abrigos com educação e recolocação em empregos de todos estes desabrigados. Na verdade, não são os desabrigados que me agridem, mas os responsáveis por ampará-los... Ganham muuuuuito dinheiro, acumulam fortunas, viajam, levam namoradas para viajar, e não fazem a sua tarefa, que é cuidar do povo.

Para completar o meu dia vi mais desabrigados na Av. Ipiranga... E lixo, muito lixo... Embaixo de uma ponte existe até um varal... E é muito agressivo ver aqueles corredores de colchões... Será que só eu estou vendo ? Será que só agride a mim ? Onde está o governo que não os resgatam, tratam e abrigam ?



BAITA IDÉIA – Priscilla’s

Formamos um pequeno grupo que ser reúne mensalmente para falar inglês. Despretensiosamente, 3 mulheres, com um único objetivo: praticar o idioma e trocar idéias. Temos o propósito de fixar um tema para os encontros, a fim de que não nos falte assunto. Até agora não conseguimos esgotar os assuntos atrasados e tenho a forte convicção de que nunca esgotaremos... De qualquer maneira, no último encontro tivemos uma agradável surpresa: o Bernard Hoffmann que parece um nova yorkino, mas vem lá de Santana do Livramento... Morou muitos anos no Village e trouxe o conceito da padaria americana para a nossa capital. Se você não conhece os muffins, brownies, cookies e pies, espie no www.priscillas.com.br. O site mostra as fotos e o endereço. Mas o melhor foi o papo extremamente otimista com o Bernard, 26 anos. Defende a idéia de que finalmente chegou a hora do Brasil, que por isto investiu aqui, que o Brasil agora vai decolar... Cheguei a comentar que ouço isto desde que tinha a idade dele, mas de alguma forma aquele discurso otimista e positivo dele me inflamou... Claro que os desabrigados seguem nas ruas, mas quem sabe conseguimos mesmo uma geração desta retornando ao Brasil e empreendendo mais, cada vez mais... Thank you Bernard, you gave me hope again! E o engraçado é que ele definiu esta crença positiva mais ou menos da minha maneira: “you sense this things...”



FIM DA PICADA / BAITA IDÉIA

Transcrevo aqui o email recebido da associação dos moradores da cidade baixa:

Assunto: PELO VETO CONTRA A LEI DO BRASINHA/ CIDADE BAIXA E PORTO ALEGRE

Caros amigos,

Estamos iniciando um abaixo-assinado eletrônico, bem como, "um tradicional" para tentarmos o VETO do Prefeito Fogaça contra o projeto do Vereador Brasinha que amplia o horário de mesas e cadeiras nas calçadas das ruas de Porto Alegre.
A Exposição de motivos está no link abaixo.
Peço que divulguem pois o tempo é mínimo para uma repercussão política, tendo como base a pressão comunitária.
Mesmo que atualmente a evidência seja a Cidade Baixa, este é um problema que irá se proliferar por toda Capital.
O Projeto foi rejeitado na primeira votação em 2009, uma dia antes da partida da Kiria Zanol mas a ob$sesiva vontade do Vereador, após requerimento de RENOVAÇÃO DE VOTAÇÃO, foi aprovado, numa sessão na qual as Associações, ONGs e moradores não foram avisadas.
Grande abraço a todos.

MARCO ANTONIO/ASSOCIAÇÃO MORADORES DA CIDADE BAIXA.

http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/4368

segunda-feira, 22 de junho de 2009


BAITA IDÉIA – Scratch Day

O dia 16/maio foi de capacitação digital no Centro Municipal de Cultura, no Instituto Ronaldinho Gaúcho e na Unidade Procempa do Projeto Pescar, em Porto Alegre. A parceria entre as secretarias municipais da Educação e Cultura, Procempa, Fundação Pensamento Digital e Instituto Ronaldinho Gaúcho permitiu que diversos interessados em conhecer gratuitamente o software Scratch - que permite a criação de jogos, histórias animadas e outros programas interativos - tivessem a oportunidade de ampliar seus conhecimentos em informática. O encontro em Porto Alegre foi o único aberto ao público no país e marcou o lançamento mundial do sofware. Outros 20 países também fizeram ações de divulgação do software.

Segundo Marta Voelcker, da Pensamento Digital, o software facilita o aprendizado da linguagem de programação enquanto se produz arte. "O Scratch é um software livre criado pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) que possibilita o trabalho com imagens, vídeos, tendo uma utilidade fantástica", explica Marta, completando que sua utilização também estimula a criatividade e o pensamento crítico. "As noções de programação nos dão uma idéia do que é possível ser tirado do computador, o que auxilia o profissional de hoje, de quem é requerido uma série de habilidades diferentes". Marta adianta que o trabalho não ficará apenas na apresentação do Scratch. "Estamos planejando ações para dar apoio e continuidade para o uso efetivo do software.”


BAITAS IDÉIAS – Viva o centro a pé e Caminho dos Antiquários

Participei no dia 9 de maio da Caminhada Literária com o orientador Luiz Augusto Fischer e Glênio Bohrer, coordenador do projeto. Saímos as 10h da manhã do Totem do Caminho dos Antiquários e me senti um pouco em Buenos Aires, São Telmo...

O Caminho dos Antiquários é um projeto desenvolvido pela Prefeitura de Porto Alegre em parceria com a comunidade e é uma iniciativa que está inserida no Programa de Revitalização do Centro. Tem como objetivo valorizar o trecho que liga a Praça Daltro Filho à Praça Marquesa de Sevigné compreendendo trechos das ruas Marechal Floriano Peixoto, Demétrio Ribeiro, Coronel Genuíno e Fernando Machado. Esta região caracteriza-se pela grande concentração de estabelecimentos que comercializam antigüidades.
O espaço, já repleto de lojas de antigüidades, foi transformado em uma grande feira a céu aberto que acontece todos os sábados. A Rua Marechal Floriano, entre a ruas Fernado Machado e Demétrio Ribeiro é fechada e as lojas colocam seus produtos na rua. A Praça Daltro Filho recebe mais de 20 expositores de toda a cidade. Por meio dessa iniciativa foi possível resgatar parte da história e da identidade da capital gaúcha, incentivando a formação de mais um ponto turístico em Porto Alegre.
A revitalização da área dos antiquários compreende ações de qualificação e de melhorias urbanas e implantação de um projeto de divulgação e animação dessa área. Foram executadas obras objetivando a qualificação física do local tais como execução de canteiros, sinalização, pavimentação, totem, recuperação da Praça Daltro Filho, incluindo ajardinamento, e restauração do Fonte da Praça Marquesa de Sevigne.


A programação 2009 do roteiro Viva o Centro A Pé, série de caminhadas orientadas por pontos históricos e tradicionais da região central da cidade pode ser encontrada no site: www.portoalegre.rs.gov.br/vivaocentro , dentro do item EVENTOS. O projeto é realizado pelas secretarias municipais do Planejamento (SPM) e da Cultura (SMC), com o apoio do Gabinete da Primeira-Dama.

Sei que vale mesmo a pena e o projeto está de parabéns! No final ainda tirei esta foto aí no leão da Prefeitura de Porto Alegre... Sabe porquê to com a mão nele ? Foi uma das muitas estórias contadas pelo Prof. Fischer durante a caminhada... Agende-se logo, pois você vai redescobrir Porto Alegre!

BAITA IDÉIA – Passagem de Pedestres

A AMA/Associação dos Moradores e Amigos da Auxiliadora conquistou o importante apoio da Cia. Zaffari para a execução do projeto Passagem de Pedestres na continuação da Rua Mata Bacelar até a Cel. Bordini. A previsão é para o segundo semestre deste ano.

O próximo passo será a solicitação, em audiência com o Prefeito José Fogaça, para formalizar uma ação via PPP (Parceria Público Privada), afim de que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através da SMOV/Secretaria Municipal de Obras Viárias, grife o projeto como benfeitoria pública ao bairro Auxiliadora.
Mais do que uma conquista comunitária para solução urbana de circulação pedestre, a revitalização dessa área representará um novo espaço de sociabilidade para os moradores e moradoras; com medidas de segurança garantidas para sua preservação e, principalmente, valorizando o espírito de vizinhança compartilhado nos espaços públicos: para o encontro de familiares, amigos, visitantes e para as atividades socioculturais propostas pela AMA.
A comunidade do bairro Auxiliadora está de parabéns pela união demonstrada nessa importante vitória da cidadania, em nome da qualidade de vida e do bom convívio de todos!

FIM DA PICADA –

Na Rua Amélia Telles, 37 a calçada está com as lajotas soltas, criando uma situação de risco para quem passa por ali...

(1ª foto - calçada com grande parte das lajotas soltas e uma enorme pedra no meio dela. Rua Amélia Telles, 37.)

Deneir Cabral fotografou e enviou para a Prefeitura de Porto Alegre a foto com o cabo de aço de sustentação de um poste praticamente no meio da calçada, pedindo providências. Esta retornou com a informação de encaminhamento ao setor competente.

(2ª foto - cabo de aço de sustentação de um poste quase no meio da calçada. Av. Nilo Peçanha 25)


FIM DA PICADA – contribuição da Leci Ranzi

-sobre as pessoas q correm nas ruas ( não nas calçadas ) , à noite, com roupa escura, sem nenhuma coisa no corpo q os fizesse mais 'visíveis' aos olhos dos motoristas ( quase atropelei um hj na Nilo ). Não basta o cara estar tentando se exercitar no meio da poluição , ainda corre risco d atropelamento e d complicar a vida d um motorista!!! Não é o fim.da.picada???

- Ali na Protásio os ônibus 'RECOLHE' andando fora do corredor , atrapalhando o trânsito em horário de pique !!! Quando não estão em horário de serviço eles podem andar fora do corredor. As empresas mais comuns nesta hora - 8h - são...Evel, Viamão, VAP. O problema é que a lei permite andar fora do corredor quando estão recolhendo!!! Hj, eram 3 ônibus, uma tranqueira, só andam do lado esq. Acho o fim.da.picada isso. Vc não acha???.

quarta-feira, 27 de maio de 2009


BAITA IDÉIA – CASA BONI tombada pelo patrimônio histórico

Quer ver uma coisa bonita ? Caminhe pela rua Marquês do Pombal e pare na frente do número 1111. É a Casa Boni, construída em 1924 pelo italiano Armando Boni, pioneiro do ecletismo no Brasil. Naquela época as grandes casas eram construídas ali em baixo, na 24 de outubro, mas ele preferiu se instalar no meio do mato. Outras obras do Armando Boni : Concha Acústica do antigo Auditório Araújo Vianna, marco construtivo na cidade em termos de cálculo estrutural (1926); Cemitério São Miguel e Almas, proposta inovadora na época, sendo o primeiro cemitério vertical da América do Sul; Prédio sede da Livraria do Globo (1924); Residência da Família Meneghetti, atual Palácio do Vice-governador do estado conhecida como Palacinho (1930); além de residências de importantes famílias. A Casa Boni esteve prestes a desaparecer, mas em 2003 a TGD Filmes adquiriu a Casa e durante 3 anos investiu recursos próprios para restaurá-la e devolvê-la para a comunidade como um espaço cultural. Hoje a Casa Boni é tombada pelo Patrimônio Histórico Municipal.

OUTRA BAITA IDÉIA – Instituto NT de Cinema e Cultura
Com o objetivo de gerir esta casa foi criado o Instituto NT, uma entidade sem fins lucrativos que está à frente deste ambicioso projeto de transformar este espaço em referência cultural, preservação e integração de um patrimônio histórico com a sua comunidade, através da oferta diversificada de atividades relacionadas ao cinema, à cultura, à educação, a promoção de ações sociais e ao entretenimento. O Instituto destina seus espaços para a realização de atividades culturais e educativas tendo sempre como principal foco a inter-relação do cinema com as demais formas de arte e expressão, como Literatura, Patrimônio Histórico, Filosofia, Artes Plásticas, Comunicação, Música e Inclusão Social. A missão é desenvolver projetos educativos, culturais, sociais e humanitários, por meio do cinema, que busquem a promoção das artes e da cidadania. O espaço além de oferecer cursos e exposições, conta com uma sala de cinema e em breve (julho) terá uma cafeteria e um lounge onde serão promovidos eventos.

O Instituto NT, idealizado e dirigido por Roberto Turquenitch, iniciou suas atividades em março, com o lançamento do curso “Produção Executiva em Cinema e TV”, que já é sucesso em SP e no RJ. O curso de extensão conta com a chancela e parceria da FGV- Fundação Getúlio Vargas e a grande parte de seu corpo docente é composto de profissionais do Rio de Janeiro.

Outros cursos em seu cronograma para o primeiro semestre:
- “Workshop de Interpretação de Atores”, que será ministrado pelo diretor Regis Faria, conhecido pela direção de diversos conteúdos para Rede Globo como “Memorial de Maria Moura”, “Perigosas Peruas”, “Agosto”, “sexo dos Anjos”, entre outros.

- “A História do Cinema”, em conjunto com Associação de Críticos de Cinema do RS (ACCIRS) e ministrado pelos críticos Ivonete Pinto, Roger Lerina, Marcus Mello e outros professores convidados.
Gostou? Acesse blog institutont.blogspot.com


FIM DA PICADA - Rua Ramiro Barcellos, 1046.

Fazia tempo que tentava descobrir porque aquele terreno e casa ao lado do Colégio Bom Conselho estava tão largado. Afinal, vejo aquilo no mínimo 10 vezes por semana, levando e buscando meus 2 filhos que ali estudam... Qual não foi minha surpresa quando descobri com o empresário Francisco Tostes Mottin que a aprovação e homologação de Estudo de Viabilidade de um Empreendimento Imobiliário que tramita junto a SMOV (Secretaria Municipal de Obras e Viação) é iminente.
Segundo Francisco, que já se manifestou publicamente sobre o assunto:
“Considerando que o pedido de estudo de viabilidade em vias de ser aprovado e homologado, descreve um empreendimento constituído por uma torre comercial de 17 andares, a ser construída sobre 3 pavimentos de Garagens, será erigida em área hoje ocupada por um jardim, e que pelo acordo firmado com o Patrimônio Histórico do Município, prevê a recuperação de uma casa de alvenaria que encontra-se no mesmo terreno. Casa esta que juntamente com o seu jardim, são objetos inventariados pelo Patrimônio Histórico do Município, e que obteve, em passado recente (1999), do mesmo Patrimônio Histórico, parecer de “Indivisibilidade do Conjunto” pelas características arquitetônicas e paisagísticas, peculiares a um período determinado da história da cidade.
-Os Interesses do requerente e proprietário, que adquiriu recentemente o imóvel do Colégio Bom Conselho, em um momento de dificuldades financeiras da instituição, por valores proporcionais a um imóvel “Listado pelo Patrimônio Histórico” e que agora busca potencializar seu investimento, promovendo o abandono do imóvel adquirido, descaracterizando-o e requerendo a aprovação de um empreendimento com cotas de construção e recuos especiais, em flagrante desconformidade em relação aos recuos e índices estabelecidos pelo plano diretor para o local, fato atribuído pelas pessoas consultadas ao “acordo de cavalheiros” celebrado entre o Patrimônio Histórico e o Requerente.
O que se esperaria, nesta situação seria a recuperação do imóvel, resguardando suas características arquitetônicas e paisagísticas e a entrega a comunidade. EIV´s (Estudos de Impacto de Vizinhança) são regulamentados por Lei, mas estranhamente não foram necessários na composição deste Estudo de Viabilidade em especial, apesar de sua magnitude e grande impacto na Vizinhança. Por isto solicitamos inclusão do EIV no referido processo para que tenhamos a oportunidade de ver nossos interesses e os da comunidade também considerados. Pode ser um precedente perigoso, para a avaliação do real comprometimento da direção do Patrimônio Histórico do Município e da Secretaria de Obras com os interesses da comunidade.”

Em 26/2/09 Francisco recebeu um laudo requerido ao V COMAR (Quinto Comando Aéreo) atestando que o empreendimento “Extrapola” a altura máxima de edificações estabelecida para o local, ferindo as determinações da portaria 1.141/GM5 de 8 de Dezembro de 1987. A revelia disto segue avançando nos tramites burocráticos, sugerindo negligência ou tráfico de influência.

Na prática o empreendedor está tentando mudar o Status do Prédio listado pelo Patrimônio Histórico, para faturar mais alto. Se a moda pega, o patrimônio Histórico vira um Balcão de Negócios do SINDUSCOM, em vez de zelar pelos interesses da coletividade e o objetivo de preservação da memória da Cidade.


BAITA IDÉIA – 4o. Distrito

Encontrei o Silvio Belbute na Escola de Redes e me contou sobre a iniciativa do 4o Distrito... Aproveitei para dar uma navegada na internet: temos hoje 79 bairros em Porto Alegre, distribuídos em 17 Regiões. Não achei nada de distritos. Então ele me explicou que “o 4o. Distrito na realidade mora em nossa memória, quando Porto Alegre era assim dividida. Hoje são Regiões, depois do advento (?) do Orçamento Participativo, num total de 17).” Se quiserem saber mais sobre as 17 regiões:
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/op/default.php?p_secao=5

Bem, no 4o.distrito (Floresta, São Geraldo, São João, Humaitá, Navegantes e Anchieta) tiveram uma iniciativa super interessante: Encontraram mais de 1,8 mil imóveis cadastrados como de interesse histórico e cultural, mas não compactuaram com os critérios de seleção e pediram uma revisão deste cadastro no âmbito da Comissão do Plano Diretor na Tribuna Popular da Câmara de Vereadores. Tiveram apoio também da COMPAHC (Conselho Municial do Patrimônio Histórico e Cultural), mas a municipalidade não tem verbas para realizar tal revisão. E estão iniciando uma luta pela formação de parcerias com as universidades, faculdades de Arquitetura e Engenharia e órgão municipais para que possam promover um levantamento real e definitivo.
Confiram o vídeo da iniciativa no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=wEU_1kV_q7Y

segunda-feira, 6 de abril de 2009










Primeira coluna no Jornal da Capital

Inicio esta coluna no Jornal da Capital num momento especial. Se fizer as contas acho que fiquei quase tanto tempo da minha vida em outros paralelos como aqui no 30... Vamos ver: 1 no Canadá, 6 na Alemanha, 2 em Miami, ponte-aérea com São Paulo: +- 8. Total: 1+6+2+8 = 17. 46 - 17 = 29. Não, ainda sou muito mais porto-alegrense que a soma dos outros locais. ( Porto-alegrense com a reforma ortográfica segue com hífen ? Consulto a gramática on-line e vejo que sim, pois aplica-se a regra de unidade sintagmática e semântica.) Mas viver fora tanto tempo faz com que a gente olhe para nossa cidade de uma forma diferente. Não sou aquela porto-alegrense típica, apaixonada pela cidade sem um olhar crítico. Pelo contrário, pois foi por pouco que não me estabeleci por outras bandas. Mas agora a decisão é definitiva (será que existe isto ?): fico por aqui. Quero achar formas para melhorar Porto Alegre. Não se preocupem, não sou daquelas que voltam de fora achando tudo ruim. Seria até hipocrisia, pois como diz o Benjamin Disraeli: "Nunca se queixe, nunca se explique, nunca se desculpe. Aja ou saia. Faça ou vá embora". Decidi ficar e fazer. Inicio humildemente escrevendo esta coluna que já está provocando em mim uma forma diferente de interagir com a nossa Porto Alegre - que hoje, juntamente com meu marido, completa 237 anos. Opa, o maridão tá fazendo apenas 48. Acredito em sinais, sempre acreditei.

Coluna para “macho”

Me disseram que esta coluna era para "macho" e imediatamente me senti enquadrada. Hoje mesmo um amigo me agradecia pois reencontrei-o após muitos anos e sugeri regime e exercício imediato. Não pela estética, mas porque queria continuar sendo amiga dele por muitos anos. Na hora ele reclamou, que eu seguia sendo dura... Hoje me mandou um mail agradecendo. Por dias ficou pensando nas minhas palavras e agora iniciou caminhadas, fechou um pouco a boca (eram minhas duas recomendações) e acabou de baixar da barreira dos 100k. Mandou email agradecendo. Valeu a pena ser "macho". Calma mulheres! Tudo isto para dizer que este conceito de que só macho é duro, só macho sabe dizer não, só macho diz as verdades na cara está completamente ultrapassado. Chegamos numa fase da civilização na qual as mulheres conquistaram seu espaço, todos sabemos. Me vêm aqui as palavras do Che Guevara: "Hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás". Cruzes! Na primeira coluna ? Vão me taxar de comunista! Azar de quem fizer isto, pois acredito na diversidade acima de tudo. Acredito na verdadeira democracia na qual se ouve todos os lados e se aproveita as coisas boas de cada um deles.

GUERRA DE OPOSTOS - FIM DA PICADA

Acredito que o maior problema da nossa capital e do nosso estado é esta boba divisão entre grêmio e inter, esquerda e direita, pobres e ricos, situação e oposição, machos e fêmeas. E aceitei o desafio de escrever esta coluna exatamente para tentarmos juntos, todos juntos, discutir esta relação dos porto-alegrenses com Porto Alegre. Ninguém é melhor do que ninguém. E a prosperidade de Porto Alegre depende de todos nós. Se seguirmos excluindo aqueles que são de grupos opostos, seguiremos sem evoluir. A evolução vem com a diversidade, com a troca de idéias, com o trabalho-conjunto.
Fazem 237 anos que Porto Alegre iniciou com os casais açorianos - todos sabem onde exatamente fica a Região Autônoma dos Açores ? Vale a pena dar uma conferida:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Porto_Alegre. Depois vieram os alemães, italianos, árabes e poloneses. Iniciamos com diversidade. Perdemos um pouco desta consciência e acabamos nos tornando os gaúchos duros e rígidos. Devemos seguir na persistência, na seriedade, na disciplina. Mas temos que retomar um pouco de ternura, de flexibilidade, de compreensão de um mundo que se tornou global e no qual só temos uma forma de sermos competitivos: vivendo-o. Não adianta mais nos fecharmos, pois se não convivermos com o resto do mundo, não vamos evoluir. Vamos aprender novos idiomas, vamos viajar, vamos analisar experiências maravilhosas de investimento em educação feitas na Ásia e fazer o mesmo por aqui. É tempo de pensar no longo no prazo. É tempo de pararmos com esta política descontinuada sempre visando o curto prazo. É tempo de união de todos porto-alegrenses de verdade.

COPA GERDAU – BAITA IDÉIA
Aliás, a Copa Gerdau que aconteceu no Leopoldina Juvenil é um exemplo de tudo isto. Gente de todas as partes do mundo: Argentina, Chile, Ecuador, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Perú, México, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Bélgica, Japão, Eslováquia, etc, etc, etc. As brasileiras foram somente até a terceira rodada. A gente torce muito, mas ainda são poucos os brasileiros que resistem. No masculino tivemos dois representantes nas quartas-de-final: Guilherme Clezar e Zé Pereira. Clezar é gaúcho e caiu diante de um eslovaco. Zé Pereira, pernambucano, foi bi-campeão derrotando um americano na final. Este torneio está na 26ᵃ edição e é um dos mais bem conceituados do mundo. Parabéns ao organizador Ênio Moreira, que acreditou desde o início que temos condições e qualidade internacional. Mesmo quem não gosta de tênis se sentiu “viajando” no clube ao ouvir tantos idiomas, tantos estilos, tantas culturas convivendo por 10 dias no nosso clube gaúcho, porto-alegrense, ali na Marquês do Herval.

TÊNIS NO TERCEIRO SETOR ? BAITA IDÉIA
Temos também alguns projetos interessantes acontecendo aqui: www.wimbelemdon.com.br e http://www.fundacaotenis.org.br/ . Dois belíssimos exemplos de iniciativas do terceiro setor associados ao esporte.
Sim. Somos capazes de ser competitivos globalmente e esta é nossa única saída. Abrirmos os olhos para o mundo real e globalizado. Acreditarmos no nosso potencial. Educarmos nossas crianças para começarmos a construir uma Porto Alegre ainda melhor. Falando em educação, não deixem de assitir a seguinte palestra do Luli Radfahrer:
http://meiobit.pop.com.br/meio-bit/miscelaneas/descolagem-3-o-file

A diversidade é decisiva para humanidade. Negros, brancos, amarelos, índios, asiáticos, católicos, muçulmanos, judeus, evangélicos, homens e mulheres! Precisamos conseguir com ternura gerenciar esta diversidade. De nada adiante o poder sem ternura. De nada adianta a riqueza se vemos a miséria nas ruas todos os dias.
ACERTANDO O FORMATO...
Inicio assim, apesar de não ter acertado o formato de cara, mas quero fazer uma coluna mais participativa. Quero que encontrem aqui um espaço para comentar qualquer “baita idéia” e “fim da picada” que tenham / vejam / descubram. Quem sabe, juntos, consigamos aos poucos inspirar mais e mais porto-alegrenses e corrigir rumos errados de outros ? Aguardo as participações no email loniseg@gmail.com .
Lô (nise)

quinta-feira, 26 de março de 2009

8/março/2009

8/março/2009

Hoje acordei com vontade de nos homenagear...

Desde a avalanche de mudança de vida que não escrevo. Sabático é assim: a gente simplesmente não faz tudo que fazia antes. Ser mulher é um privilégio. Agradeço a Deus todos os dias por ter me dado um filho homem e uma filha mulher, a fim de poder entender como é hoje em dia mais difícil para eles do que para nós. A História sempre foi assim: os períodos se alternam. Na Homenagem às Mulheres que assisti na quinta-feira o palestrante, homem, falava sobre como somos mais completas e como os homens de hoje sofrem. Acredito nisto, vejo isto, sinto isto.

Somos biologicamente mais completas, embora fisicamente mais fracas.
Nunca conseguiremos levantar tanto peso como eles.
Mas eles nunca conseguirão amar tanto como nós.

Frases que anotei na homenagem:

"Quem julga as pessoas, não tem tempo de amá-las", Agnes Gonxha Bojaxhiu, também conhecida como Madre de Calcutá, Prêmio Nobel da Paz em 1979.

"Hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás!" - Che Guevara

"As pessoas são tão felizes quanto decidem ser" - Abraham Lincoln

"Existem duas maneiras de ser rico: ter muito ou contentar-se com pouco"

E hoje, no nosso dia, queria clamar à todas vocês, Mulheres que eu admiro, Mulheres que têm uma responsabilidade social, que não esqueçamos disto. A diversidade é decisiva para humanidade. Negros, brancos, amarelos, índios, asiáticos, católicos, muçulmanos, judeus, evnagélicos, homens e mulheres!

Precisamos conseguir com ternura gerenciar esta diversidade.
Cabe à nós, mulheres, administrar isto. Se cada uma conseguir fazer isto nas suas próprias famílias e no ambiente que vivemos, estaremos construindo um mundo melhor.

De nada adiante o poder sem ternura.
De nada adianta a riqueza se vemos a miséria nas ruas todos os dias.
De nada adianta sermos tão completas se não usamos este dom para o bem.

Mulheres, neste dia, façamos uma reflexão, um momento de direcionamento:

- Estamos fazendo tudo que podemos para melhorar o mundo que nos cerca ?
- Estamos amando sem preconceitos de raça, cor, religião ou sexo ?
- Estamos caminhando na direção certa que é a do amor ?


Com muito amor, ternura e humildade de quem sabe que tem muito ainda para fazer,
clamo vocês a apaziguarmos os excluídos!

Lô (nise)